segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Veneza - Itália

Veneza - Itália



Ponte di Rialto
Originalmente, Veneza era uma sequência de 118 ilhas junto ao Mar Adriático que, unidas por 150 canais e cerca de 400 pontes, passaram a ter construções erguidas sobre palafitas, construídas durante os séculos XIII a XV, época em que era independente e considerada a principal potência marítima e comercial europeia. É também chamada de Sereníssima. O clima de romance paira no ar, por isso, é melhor fazer essa viagem sem filhos na bagagem.

Quando visitar:


Para aproveitar tudo o que a cidade tem a oferecer e pensando que a forma mais usada de locomoção é o próprio pé, penso que as melhores épocas são outono e primavera, quando o clima é mais ameno. No verão é muito quente e no inverno é muito frio. No verão, devido às férias europeias, a cidade costuma ficar lotada, dificultando a locomoção, gerando filas nos restaurantes, etc... Para quem curte as celebridades, no final de agosto tem o Festival de Cinema de Veneza e a cidade bomba!!! Dizem que no verão, os canais tem um cheiro forte.

Onde ficar:


A cidade é repleta de hotéis. Para a nossa estadia escolhemos um hotel beirando um dos canais e próximo à Piazza San Marco: no Hotel Starhotels Splendid Venice (starhotels.com). Recomendo. O Hotel já nos faz entrar "no clima" com sua decoração veneziana. O quarto é grande e bem confortável, atendimento ótimo, café da manhã de estrela. E fica perto de ótimos restaurantes, lojas, etc. Super romântico!!!

Como ir de um lugar a outro:


Vaporetto
Veneza não tem ruas. O principal meio de transporte é o vaporeto, espécie de ônibus que segue pela "avenida principal" (Canal Grande) parando nos pontos distribuídos por toda a cidade. É bem tranquilo e organizado e o pessoal está sempre disponível para dar informações, afinal, para quem nunca andou com esse meio de transporte, dá uma certa insegurança. 

Dica importante: Veneza foi um dos últimos lugares que visitamos e tínhamos malas imensas e pesadíssimas. Até pegar o Vaporetto, OK, pois o ônibus que nos leva do aeroporto até Veneza nos deixa na porta da estação. A cidade não estava cheia, então foi bem tranquilo entrar com todas as malas no vaporetto, mas, depois que descemos e tentamos encontrar o hotel a pé...imagine andar por uma cidade de ruas bem estreitas, tendo de passar por pontes e escadas...ficamos muito tempo perdidos e a dor nas costas já estava pegando. Então, se Veneza faz parte do seu roteiro, faça-o no início da viagem, de preferência sem levar muita bagagem.

Ruelas de Veneza
Durante a estadia, anda-se muito a pé. É bem mais prático. Bom, pode até ser prático, mas Veneza é um verdadeiro labirinto e é quase impossível não se perder pelas ruelas. Passamos várias vezes pelo mesmo lugar e tivemos dificuldade de encontrar outros lugares. Portanto, se achar alguma coisa que queira comer ou comprar no caminho, não deixe para depois, pois você pode não conseguir encontrar o lugar novamente.


Tentando entender o mapa




Pode-se ainda andar com os táxis aquáticos que te pegam na porta do hotel (esse foi o nosso transporte escolhido para ir do hotel à estação de trem na hora de ir embora), mas o precinho é salgado. 

O passeio de gôndola é imperdível. É uma maneira de conhecer a cidade pelos canais. Tivemos a sorte de pegar um guia que falava português perfeitamente. Esse passeio sai aproximadamente 80 euros por casal. E isso é tabelado. Passando das 18h o valor aumenta. Eu achei que os gondoleiros iam cantando canções italianas durante o passeio, mas é lenda, eles não fazem isso. Se quiser um cantor, é preciso pagar. Durante o passeio, passamos por baixo da Ponte dos Suspiros que, recebeu este nome por ser o último lugar por onde passavam os prisioneiros antes de serem jogados na prisão. Onde davam o último suspiro em liberdade.



O que visitar:

Veneza é recheada de igrejas e catedrais e, se houver bastante tempo, todas valem a visita, é só ficar de olho nas estações do vaporeto: Chiesa Madonna dell'Orto, Chiesa degli Scalzi, Chiesa San Giacomo dell'Orio, Chiesa Dell Frari, Chiesa San Paolo, Chiesa Dei Gesuati, Santa Maria della Salute, Chiesa di San Francesco della Vigna, Chiesa San Geremia (é a maior, fora a Basílica), Chiesa di San Zaccaria, San Sebastiano, Santa Maria Formosa (depois da San Marco, é a igreja com o maior campanário de Veneza e tem obras famosas de Bellini, Donatello e Ticiano), Chiesa San Giovanni e Paolo (aqui fica o Pantheon de Veneza, com monumentos funerários de 25 doges e recebe o título da mais bela igreja gótica da cidade). São construções muito antigas, algumas mais simples outras mais elaboradas, da época em que o Brasil nem havia sido descoberto. É incrível.

Palazzo Ducale
Tem alguns palácios do século XV: Palazzo Rezzonico, Palazzo Genovese, Palazzo Grassi, entre outros. O mais famoso é o Palazzo Ducale, junto à basílica e que serviu de residência oficial aos governantes na época em que Veneza era uma cidade-estado. Sua construção data do século IX, mas foi reformado entre os séculos XIV e XV. O prédio concentrava as decisões políticas e administrativas da antiga república. Além das imponentes salas de reunião, o palácio conta ainda com uma câmara de tortura e uma prisão.

Para quem gosta de uma jogatina: Cassino de Veneza.

Mercato di Rialto

Mercato di Rialto
Entre as diversas pontes, as mais famosas são a Ponte della Accademia (próxima à Galeria dell'Accademia, onde há uma mostra do desenvolvimento da escola artística de Veneza durante 5 séculos) e a Ponte de Rialto onde são tiradas as fotos quem tem a cara de Veneza e que fica próxima ao Mercato de Rialto, uma espécie de feira onde vende-se peixes, frutas, verduras e souveniers. Aqui é onde se localiza o maior burburinho da cidade.

Imperdível: Basilica di San Marco é uma enorme construção do século XI, com elementos tanto do Ocidente como do Oriente e guarda os restos mortais de São Marcos. A basílica ostenta painéis feitos em ouro e pedras preciosas que contam passagens bíblicas.

Basílica di San Marco



Piazza San Marco
Fica na Piazza San Marco, ótimo lugar para sentar, tomar um bom vinho, curtir a lua. A Piazza San Marco é rodeada de restaurantes e, ao anoitecer, alguns deles oferecem música clássica ao vivo. É tudo muito organizado: enquanto um restaurante toca o outro descansa para não confundir as músicas. Alguns dos mais famosos restaurantes-cafés da região: Florian's, Lavena e Quadri.

O Museu Correr, que fica nos arredores da basílica conta a história de Veneza através da obra de artistas venezianos, louças, moedas, mapas e armaduras da época da República de Veneza.

Dica importante: o Teatro La Fenice sempre oferece óperas imperdíveis. Quando estive lá, estava em cartaz La Traviatta, mas...eu não havia levado roupa adequada. Então, se você curte esse tipo de programa leve uma roupa adequada e procure se inteirar da programação do teatro. Ouvi de fora e já deu arrepios, imagine como deve ser lá dentro, com as roupagens, acústica adequada!!!

Existem passeios oferecidos até as ilhas vizinhas: Isola Della Giudecca, Burano e Murano. Em Murano, pode-se visitar as fábricas de murano (aqueles vidros coloridos e lindos) e assistir como se modela e adquirir alguns modelos com precinhos especiais.

Onde comer:

Le Maschere
Le Maschere
Na primeira noite jantamos no restaurante Le Maschere (www.marsillifamiglia.it). Fomos muito bem atendidos tanto pelos garçons como pelo sommelier. Comemos muito bem e tomamos um ótimo vinho. Nesse restaurante tem-se a opção de ficar do lado de dentro, que é muito aconchegante, ou do lado de fora, que é um pouco mais informal.



Marciana
Para um almoço, "tiragosto" ou jantar mais informal recomendo o restaurante Marciana (www.marcianavenice.com), fica atrás da Piazza San Marco e também tem a opção de ficar nas mesas de dentro ou de fora. Atendimento muito bom. Tem um garçom que fala português.





Do Forni
Outro que recomendo é o do Forni. Só tem opção de ficar dentro do restaurante. É bem cheio. A impressão que tive é que as famílias de Veneza frequentam esse restaurante. Não é tão tranquilo como os outros, é um pouco barulhento, mas a comida e o vinho valeram a pena a escolha. Na porta do restaurante tem uma exposição de frutos do mar, que pode-se escolher para saborear.



Coquetel Bellini
Em Veneza, não deixe de experimentar o coquetel Bellini, que é servido em quase todos os restaurantes da região. Trata-se de uma mistura de polpa de pêssego com três dos prosecco di Conegliano. O nome do coquetel é uma homenagem ao pintor renascentista veneziano Giovanni Bellini. Delicioso!!!

O carpaccio também tem sua origem em Veneza e recebeu este nome em homenagem a outro pintor Vittore Carpaccio.





Comprinhas:

As roupas, leques e máscaras podem ser encontradas na maioria das lojas  e camelôs espalhadas por toda Veneza.


Esculturas em Murano

Caso não vá à Murano, Veneza oferece várias opções de lojas que vendem objetos e esculturas lindíssimos. Só precisa ficar de olho e comparar os preços, pois encontramos a mesma peça com preços bem variados. Escolhemos comprar na loja Jolly (www.jollyvenezia.com) onde fomos muito bem atendidos pelo casal proprietário, que entregou a peça na nossa casa aqui no Brasil, já que é muito pesada para levar na mala. O único problema é que tivemos que pagar um imposto bem salgado para retirar a peça da alfândega. Então, talvez valha a pena carregar na mala mesmo.






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